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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

FIM DA TARDE

 

Adoro o fim da tarde

quando o dia se enfeita de cores quentes, de magia

e com ele me arrasta na ilusão

de ver cavalos-marinhos e sereias

evoluindo em suaves melopeias

nos acordes que me invadem de emoção. 


E quando o sol se vai, e num lampejo

lança o ultimo adeus, o ultimo beijo

breve, porque amanhã aqui estará

não entristece, porque sei, tenho a certeza

de que esta hora de lúdica beleza

vai repetir-se noutro dia...amanhã.


Mário Margaride 


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

SEM PERDÃO!


A desgraça saiu à rua

Matando!

A dor infesta o ar que respiramos

O medo está presente em cada esquina

Estampado no rosto das crianças

Destruição, desalento

Miséria...

Povo que sofre, e morre! 

Dor que sinto

E que dói!

Raiva que tenho desses tais!

Sejam políticos, governantes

Ou Generais

Que assassinam crianças

Inocentes

Não merecem perdão

Os animais!


Mário Margaride 


sábado, 28 de agosto de 2021

CRIANÇA


Donzela doce criança

sofres contida, tua dor

porque te tratam assim

não tens direito ao amor...!


Sofres dor que não querias

grita quando ela te dói

grita sempre, não te cales! 

a dor contida, corrói...


Mário Margaride 

Feliz fim de semana! 

Beijos e abraços! 

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

INCERTEZA


Ouço vozes que me falam

Cheiro os ventos da mudança

Sigo sinais que orientam

Procuro o tempo da esperança


Os ventos...nada me dizem

Das vozes, não ouço nada

Os sinais, não me conduzem

De esperança, pouco ou nada


Seguindo sinais e ventos

O incerto é a minha morada

Por muitas vozes que ouça

Não me conduzem a nada...


Mário Margaride 


segunda-feira, 23 de agosto de 2021

PEDAÇOS DE IRONIA


Ventos loucos por mim passaram

com eles voei para rumo incerto... 

caminhei exausto, pelo deserto

onde o cansaço e o sol, me acompanharam 


As minhas mãos não conseguiram agarrar

esse amor que foi pura ventania

hoje apenas pedaços de ironia

ou ilusão que eu pensava amar...


Esse amor, que foi uma amálgama de fantasia 

envolta em louca correria

onde vivi intensamente...e chorei... 


Pensava ser verdadeiro, que não fingia

e se entregava de corpo e alma, em harmonia 

se esfumou, tal como o vento...e me enganei. 


Mário Margaride