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segunda-feira, 13 de março de 2023

AO RITMO DO CORAÇÃO

 

Há sombras no meu olhar 

nesta solidão funesta 

entre os muros do silêncio  

entre os risos de uma festa.


Vão longe os sóis que se ofuscam

nas catacumbas de breu

vão longe os tempos que o sol 

sorria alto do céu.


Nesta viagem sem fim

onde choram frustrações

tentamos sarar as feridas 

que há nos nossos corações. 


Vamos caminhando em frente

por vezes sem direção

por estradas tortuosas

nem sempre belas, airosas 

ao ritmo do coração.


Mário Margaride

12-03-2023 


sexta-feira, 10 de março de 2023

AS PEDRAS QUE PISAMOS

 

Nestas ruas vão se ouvindo

os passos do desalento 

quem nos diz são estas pedras

que ouvem a voz do vento.


São as pedras que pisamos 

num intenso frenesim 

que no seu ranger suportam 

o sentir que existe em mim. 


Estas pedras que pisamos 

onde nem sempre há constança 

também nos dizem baixinho 

por aqui, passa a esperança. 


Nestas pedras de granito

gastas ao longo do tempo

nos sussurram ao ouvido 

que a vida, é o momento. 


Mário Margaride

09-03-2023  

                                            Feliz fim de semana!

                                               Beijos e abraços! 

segunda-feira, 6 de março de 2023

AS NOITES

 

As noites são frias

no deserto quente das desilusões 

onde as areias escaldantes

nos queimam

nas insónias inquietas 

das frustrações. 


Nas noites castradas de sonhos 

emergem as ilusões e a fantasia 

no erguer da manhã

nasce a esperança 

por entre os tambores vibrantes

da alegria. 


Nas noites dos sonhos perdidos 

se acendem as luzes da esperança 

nas margens do tempo esquecido 

se semeiam ventos de mudança.


Nas noites sombrias 

dos desencantos 

gritam as vozes sufocadas 

numa súplica que se ergue 

em silêncio 

na aurora boreal...

...das alvoradas. 


Mário Margaride

05-03-2023 


sexta-feira, 3 de março de 2023

A VOZ DAS PALAVRAS

 

É o poema que fala 

é a música em essência 

são as palavras trocadas 

num sorriso de inocência. 


É a voz que não se cala

a palavra que não desiste 

o poema inacabado 

que dentro de mim existe. 


É a voz que há em mim

a palavra por dizer 

que em silêncio sussurra 

o poema por nascer. 


É o silêncio que grita

a voz dos amargurados 

a mão que escreve o fervor 

no calor de apaixonados. 


É a voz que não tem fim 

a palavra que se agita 

onde se esconde a ironia 

do barulho que não grita. 


É a voz que há mim

que teima em não se calar

um turbilhão de emoções 

nas veias a fervilhar. 


É a palavra que diz 

com sua voz embargada

se não fosse o meu sentir 

o poema...era nada. 


Mário Margaride 

02-03-2023    

         
                                            Feliz fim de semana! 
                                                Beijos e abraços!