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quarta-feira, 30 de junho de 2021

PARA TI ESTAS PALAVRAS


Deixa-me dizer-te estas palavras

que a minha boca tem para te dizer

são pedaços de vida e coisas raras

que o meu coração tem para te oferecer


Têm alma, vida, e a desgraça

numa amálgama de grata ironia

o silêncio da dor que a gente passa

que transforma a tristeza em alegria


Sou o passado o presente e o futuro

um farrapo que vegeta em noite fria

o silêncio que grita no escuro

acordando do marasmo a alegria


Da história das tristes ironias

lembro o rufar dos tambores da desgraça

das montanhas cinzentas e sombrias

às infames vergonhas da chalaça


Horizonte colorido desbravei

numa rota triunfante em apogeu

alegria em teus olhos eu verei

com as lágrimas de alegria, tu e eu.


Mário Margaride


segunda-feira, 28 de junho de 2021

COBRE-ME DE BEIJOS E ABRAÇOS


Quero que me cubras, com versos fascinantes

que não ofusquem os carinhos que me dás

e ponham brilho naqueles instantes

em que te quero, aqui, mas não estás.


Serão sinais visíveis, realçantes

da tua presença, que tanto bem me faz

imaginar de quando, juntos e amantes

criamos tempo, já que o tempo é fugaz.


Toma-me nu e simples como sou

cobre-me com teus beijos e abraços

que são as minhas “palavras” preferidas.


É o que quero em troca do que dou

quando então, livres de embaraços

fundiremos, numa só, as nossas vidas.


Mário Margaride 


sexta-feira, 25 de junho de 2021

AS FENDAS SURGEM


As fendas surgem

na encosta montanhosa

onde a montanha nos abraça

e nos engole no seu seio


São caminhos íngremes

desbravados pelo vento

que sopra desordenado

fustigando a nossa pele

que arde de dor... 

e desalento


As fendas surgem

na encosta montanhosa

onde a água se entranha

formando uma enorme torrente

onde lavamos sem parar...

as feridas da inquietação.


Mário Margaride




quarta-feira, 23 de junho de 2021

DESVARIOS


No silêncio da noite... 

repousa cansado o nosso corpo

consumido pelo insano stress 

deste imenso mar de inquietações 


Nos braços aconchegantes do sono 

deixamo-nos transportar pela nossa mente

para o torpor dos nossos sonhos 

que se escondem e levitam

na quimera das fantasias 

no universo das ilusões 


No silêncio da noite... 

a mente se entrega e nos eleva

para o patamar mais alto

dos nossos desvarios 

e das nossas emoções. 


Mário Margaride